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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Ser Humano e a Vida

Adelci Figueiredo Santos

Todo ser humano, independente da sua origem, cor, idade e profissão, deseja viver bem, quer ser feliz. Para uns isso é sorte, para outros é destino. Prefiro acreditar que viver bem e ser feliz têm muito de arte e de ciência, dependem muito da cultura, da experiência, de caráter e da metodologia existencial. O fundamental, o básico, o prioritário é o que cada um sente, pensa e faz. Pensamento e personalidade não são feitos de uma só vez, na carreira, de repente, são construções diárias, realizações constantes, processo permanente.
Importa saber, em qualquer lugar e circunstâncias, que ninguém vive só, ninguém sobrevive sozinho. A cooperação e a união integram a vida, enriquecem o ser humano, o qual, homem ou mulher, está marcado pela solidariedade. O ser humano é parte que não existe sem o todo, o texto que não tem sentido fora do contexto, o individual que se completa e humaniza a sociedade.
Cooperação e solidariedade, produtos da cultura e da vivência, dimensionam pessoas e sociedade, definem o destino dos indivíduos e dos países. A história de um é parte da história do outro.
Desnecessário será dizer que homens e mulheres são, antes de tudo, a geografia e história, espaço e tempo, o material e o espiritual, a estrutura e a conjuntura, o cérebro e o coração. Eles são maiores e melhores quanto mais conhecem e são conhecidos. Conhecer não é alternativa, opção, é determinante lógico, imperativo, vital. Conhecer a si mesmo é método, lição, contingência, é conhecer o outro e o meio em que vive. Não se gosta do que não se conhece. Não se transforma e aperfeiçoa o que se ignora.
Conhecer Sergipe, por exemplo, é conhecer o Brasil, conhecer o Município é conhecer o Estado, conhecer o aluno é conhecer o professor, conhecer a teoria é conhecer a prática, conhecer o hoje é o ponto de partida para conhecer o amanhã. O Brasil não é uma província, são muitos Estados. A sociedade não é propriedade de ninguém, é criação de vários poderes, valores e classes. Tudo está ligado a tudo, todos fazem parte de tudo.
O individuo não cresce se o Estado não próspera, a alfabetização não é importante, quando não se cuida da educação. Não existe voto certo, legítimo quando ele não é consciente, livre. Não há sociedade justa, rica, tranqüila quando a Nação é devorada por erros calamitosos, escandalosos, sinistros, desigualdades intoleráveis.
Vale lembrar, a título de conclusão, que todos nós querendo ou sem querer, multiplicamos conflitos e lágrimas. Mas podemos, igualmente, criar sorrisos e semear alegrias. Chega de pobreza e solidão em Sergipe, no Brasil e no Mundo. É a hora e a vez do desenvolvimento e da solidariedade.