Translate

segunda-feira, 12 de maio de 2014

MÃE...

Josefina Cardoso Braz

No teu sorriso imanente eu descobri a vida. Vida que faltava em mim, vida que não fui privilegiada em dar, mas fui premiada em sentir. Em cada gesto teu, seja choramingando ou abrindo a boquinha no sorrir, seja movimentando as mãozinhas, agarrando o nada, e as perninhas em desordenado “Cooper” o céu se descortinava aos meus olhos sereno e belo, mostrando que o milagre do amor, fecundado pelo querer e bem-querer, tem proporções de eternidade.
Quando embalei o teu frágil corpinho no momento primeiro, meu ser se elevou impregnado pela fofura tenra do teu; deu-se então, naquele instante, verdadeira concepção por “osmose”.
Somos agora, um só corpo e um só espírito. Tudo darei e farei por ti, meu precioso bem que me completou e na ânsia de agradecer dar-me-ei por inteira para proteger-te e fazer-te feliz, legado supremo do acaso, que não se explica: acontece, sente-se, vive-se. Hoje, posso arvorar-me em dizer que sou Mãe e bendigo a matriz que te gerou.

___________
Esta crônica é dedicada a você: Mãe dos Filhos dos Outros, anjo-mulher, iluminada, cheia de graça, sacralizada, vivendo migalhas de verdadeiro e eterno amor.