Sandra Natividade já recebeu várias homenagens por seus escritos e livros lançados nesses últimos anos. Dedicada as pesquisas, está deixando registros para a história geral do nosso Brasil e carrega consigo a responsabilidade de sempre estar com ouvidos, mente e mãos na ativa.
Está semana, graças a internet, eis
que um verbete chama atenção, principalmente por ser de uma aluna de jornalismo
da Universidade Federal da Paraíba. Está escrito por REBECA SANTOS DA CONCEIÇÃO
MARTINS. O título é simples, mas diz muito, principalmente para nós, da
Academia Literária de Vida. Ela é nossa confreira, e Vice-presidente. Leia:
Sandra Maria Natividade
A servidora pública que virou guardiã
da memória sergipana
Nascida em Aracaju, no dia 11 de
janeiro de 1954, Sandra Maria Natividade é aposentada do Tribunal de Contas do
Estado de Sergipe, onde atuou como técnica de controle externo. Sua entrada na
vida profissional foi motivada por concursos públicos, e sua carreira
consolidou-se na área do secretariado executivo. Sandra é, inclusive, a segunda
secretária executiva registrada na Secretaria do Ministério do Trabalho, um
marco em sua trajetória profissional. Em 2012, foi homenageada pelo SINSESE
(Sindicato das Secretárias e Secretários do Estado de Sergipe) com um diploma
de Honra ao Mérito por sua competência e eficiência no desempenho de suas
funções.
Ao longo da vida, Sandra construiu
uma sólida formação acadêmica: é professora, radialista e jornalista, com
especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior. Seu ingresso no
universo acadêmico foi um ponto de virada: inicialmente resistente à
participação em academias de letras, foi convencida a integrar a Academia de
Letras de Aracaju pelo então presidente da Associação Sergipana de Imprensa.
Desde então, sua atuação nas academias e na União Brasileira de Escritores
tornou-se motivo de grande orgulho e reconhecimento.
Sandra é membro efetiva Academia
Literária de Vida, ocupando desde 2013 a cad. nr 12, patrona Flora do Prado
Maia. Também integra a Academia de Letras de Aracaju, 2016, e o prestigiado
Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, 2019, onde recebeu o título de
sócia efetiva por sua contribuição à preservação da memória cultural sergipana.
Sua jornada como escritora teve
início em 2007, sendo marcada pela produção de obras que preservam e valorizam
a memória coletiva sergipana. Entre os títulos publicados estão: A saga dos
pioneiros batistas em Sergipe, A luz brilhou na terra dos cajueiros, O
esplendor da caminhada, Profissional de secretariado em Sergipe, 2017 e, mais
recentemente, Memórias da Igreja Batista Pioneira de Sergipe (2023), uma edição
comemorativa pelos 110 anos da PIB de Aracaju.
Em reconhecimento ao seu trabalho
voltado à liberdade religiosa e à história da comunidade batista sergipana,
Sandra foi homenageada pela Assembleia Legislativa de Sergipe em 2013 com um
diploma de Honra ao Mérito, durante a 93ª Assembleia da Convenção Batista
Brasileira.
Atualmente, Sandra se dedica a uma
pesquisa sobre uma igreja centenária fundada em 1925, com o objetivo de compor
a galeria histórica da instituição. O trabalho tem previsão de entrega para
julho de 2025.
Apesar das conquistas, ela relata que a falta de patrocínio foi uma das maiores dificuldades em sua trajetória literária. Nunca buscou apoios financeiros e sempre se apoiou em planejamento e responsabilidade para concluir seus projetos. “É péssimo começar algo e deixar na gaveta”, afirma. Para Sandra, toda produção tem um propósito maior: contribuir com a sociedade e com a educação.
Inicialmente, ela sonhava em cursar Psicologia, mas precisou optar por Comunicação, já que precisava trabalhar desde cedo. Esse senso de responsabilidade e propósito acompanha toda sua trajetória. Para ela, o legado é um compromisso cidadão, e sua motivação vem de estudos constantes e leituras profundas. Costuma ler com um caderno ao lado para anotações e pesquisas posteriores, valorizando o aprofundamento do saber.
Com uma visão otimista, acredita em um futuro promissor para os que se dedicam aos estudos. “É uma obrigação do jovem e de qualquer pessoa”, diz. Seu conselho para as novas gerações é claro: “Que sigam as coisas do bem, as razões que elevam. O caminho do saber é o que todo cidadão deve trilhar para deixar um sentido de retidão aos que virão”. “É péssimo começar algo e deixar na gaveta”, afirma. Para Sandra, toda produção tem um propósito maior: contribuir com a sociedade e com a educação.
NATIVIDADE, Sandra Maria. O esplendor da caminhada: síntese
histórica da Primeira Igreja Batista de Aracaju 1913–2013. Aracaju: Criação,
2013.
NATIVIDADE, Sandra Maria. A luz brilhou na terra dos
cajueiros: panorama histórico dos Batistas em Sergipe 1913-2013. Aracaju:
Criação, 2013.
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Querida Sandra,
todos seus livros são preciosos, porque são frutos de
pesquisas e persistência em divulgar o trabalho, a missão da igreja. E também todos os outros, independentes do tema. Todos
têm histórias para a posteridade.
Sua importância está em ter dado luz ao que outros não fizeram.
Isso ninguém lhe tira, minha amiga!
Tenho profunda admiração por sua capacidade de se envolver num projeto e conclui-lo, mesmo com as dificuldades que se apresentam. O verbete que faço questão de publicar, se torna especial por ser alguém de fora, dentro de uma universidade, uma bacharel em jornalismo. Deus sempre põe sementes em solo fértil. E você replantou essas sementes. Se orgulhe e gratidão ao nosso Deus, sempre! Um abraço minha amiga.
Editado: Shirley Rocha/ 01.05.2025