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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ANVERSOS, de Cléa Brandão

ANVERSOS - É o título de uma preciosidade literária que Cléa Maria Brandão de Santana está colocando no prelo para o contentamento de quem gosta de uma boa leitura. Cléa nos brinda com um misto de estudos histórico-filosóficos, reunindo humanidades. Utilizou seus conhecimentos acadêmicos entregando ao mercado editorial seu livro Anversos, ali estão compiladas informações de uma cabeça privilegiada onde a pesquisa flui com facilidade. O senso crítico leva Cléa a passear com livre trânsito nos meandros da história geral e da religião, encontrando amparo para nortear ideias, aglutinando fatos científicos a história da fé pela convicção religiosa que tem.
Nas palavras de Umberto Moura, doutor em teologia e prefaciador da obra em apreço, o livro é um estímulo ao pensar, refletir e até o sonhar. Parabéns Cléa, a leitura de Anversos me preencheu. O trabalho com leituras e intensa reflexão, certamente já alcançou a recompensa, portanto a compreensão do leitor depois de ler Anversos jamais será a mesma, a visão será aprofundada e os pensares ampliados, disto tenha certeza.
A insensatez de Roboão em dividir a nação de Israel em dois reinos, o do norte e o do sul, marca a entrada triunfal do leitor nos meandros de Anverso e a escritora cita Maquiavel, Rousseau e Marx, filósofos que detiveram o poder da escrita num tempo adverso, mas que deixaram um legado na historiografia universal. Em Paideia I e II vemos nitidamente lições para o mundo contemporâneo, um verdadeiro debruçar em nossa herança da cultura grego-romana onde o olhar humano observa a poesia e a vida filosófica vivendo harmonicamente.
Quanto à estação Finlândia aquele terminalzinho ferroviário aonde os trens vindos daquele país permanecem por algum tempo, deixe com Nietzsche e o seu filosofar, a estação ‘Finlândia’ que aguarda o mortal não é exclusividade da escritora Cléa, mas dos ocupantes do planeta lugar aonde todos chegarão num dia qualquer.

Sandra Natividade
8/dez/2013.