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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A tecnologia x lixo

                                                                                                                                                                                               
Shirley Rocha
 
Observando as maravilhas criadas a partir da tecnologia podemos perguntar: como terminará tudo isso? A indagação parte do olhar mais atento que se estende pelas escolas, indústrias, hospitais, universidades e nossa própria casa.
A ânsia por mais descobrimentos tecnológicos não diminui de forma alguma.  Um dos principais inconvenientes é que chega a “embolar” nossos sentidos. E aí o que fazer se você não se enquadra nesse “mundaréu” de informações e apenas pretende transitar sem problemas entre eles?
Cada dia chegam alterações, as manutenções, um novo modelo, o mais… seja lá o que for. Bem não se sabe uma coisa, já apresentam outra. Louvo as inovações tecnológicas, se bem que algumas delas bem que podiam ficar sem aparecer, como a bomba atômica…
Entretanto, não se pode negar tudo de bom que nos chegam encurtando distâncias, abrindo caminhos, facilitando o nosso dia a dia. E o que acho mais louvável é aquilo que é destinado ao setor da ciência médica, quando equipamentos auxiliam os médicos nos diagnósticos, nas operações. Mas não deixaram os exames mais baratos, nem o atendimento melhor, infelizmente. Fazer conta está muito fácil. Calculadoras no bolso, no caixa, no celular, no chaveiro, no computador. Assistimos TV até dentro do carro, lemos recados enviados a milhares de quilômetros, conversamos cara a cara, pelo computador, com pessoas dentro de suas casas em outro país. E tanta coisa mais!
O ser humano tem a inteligência e Deus dá essa condição de exploração e evolução, mas ainda não se procura fazer com que essas tecnologias e materiais, ajudem na harmonia das civilizações. A contrapartida para impropriedade é muito grande. Também me preocupa como acabar com o lixo desses materiais que não são recicláveis. Daqui a 20 anos quantas montanhas estarão formadas pelos lixões de carcaças desses equipamentos indestrutíveis?
Existe a criação, se trabalha e se ganha com esses equipamentos. Mas não há interesse em estudar como vão findar essas parafernálias (assim chamadas depois que as descartamos).
A tv, o microondas, o computador, o celular, as pilhas, as baterias, as caixas radioativas, os rejeitos de líquidos químicos, venenosos, poluidores… Aonde colocar? Como se desfazer sem deixar sequelas para os demais e as outras gerações? Minha admiração bate com essa preocupação. Só para exemplificar: tenho desde a última Copa do Mundo-2010, uma latinha que após ficar geladinha foi aberta. Com surpresa, saiu de dentro uma musiquinha na voz de um homem: “ó, lé, lê, ó, lá, lá, quem não tem skol…/não vai ter onde sentar/ ô, lê, ô, lá/ fica de garçom até o jogo terminar/ dá-lhe skol… Não havia liquido nenhum dentro. Não quis desfazer-me de imediato. Mantive a latinha numa prateleira acima da máquina de lavar. Pois não é que desde então, diariamente ela tocava às 6 horas? É interessante – se o dia amanhece mais frio, mais cedo o homem canta. Há dias quentes que ele só canta lá pra sete horas. Dá para imaginar qual a tecnologia usada ali? Qual a ferramenta? Quem teria construído tal peça? Você não se admira de um trabalho desses, feito para uma brincadeira de futebol durar tanto e trabalhar muito bem? Jogada no lixo tem algum prejuízo para o meio ambiente? Na latinha não há nenhuma observação a esse respeito. Você sabe alguma coisa sobre isso? Uma latinha com liquido para quem informar. (16 de Março de 2012 por ascom). 
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P.S. No dia 16 de abril de 2013 abri a latinha que não cantava mais. A latinha foi exposta, mas ainda não entendi o que a calou.