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terça-feira, 16 de março de 2021

ARACAJU

 


Jacintho de Figueiredo

Como está tudo diferente

Daquele tempo que não volta mais!

Tudo mudou... Até a alma da gente!

O casario, o calçamento, o cais.

Outrora, o rio vinha docemente

Beijar a areia... E hoje, não vem mais;

Hoje ele encontra pedras, tão somente,

As pedras que se alinham pelo cais.


Tudo mudou! – Somente a natureza

Conserva o mesmo céu azul turquesa, 

O mesmo rio, o coqueiral virente.


Ruas de areia, adeus! Já não consigo

Atravessá-las, hoje sem perigo,

Como fazia distraidamente...