Foto: Fernando de Noronha de Eunice Guimarães |
Maria Hermínia Caldas
Caminhei
pelo deserto,
Através do
meu pensamento,
E ali pousei
para sentir
Como é
grande meu Senhor!
*
Olhei os
mares, as colinas,
A neblina
cobrindo os morros,
Embranquecidos
pela neve,
E pensei: “É
obra de Deus!”
E fui além.
O sol banhava a terra
Para
garantir-lhe a vida e alegria
As árvores,
as flores e os frutos
Tomavam
conta da amplidão.
*
Dei, então,
graças ao Senhor
Por tantas
dádivas completando a vida humana.
Recuei um
pouco e contemplei a fauna.
Beleza,
variedade e grandiosidade
Comprovando
as maravilhas do Criador.
“Por que os
homens querem repetir
Seres
iguais, cópias uns dos outros?”
*
Senhor, não fizestes nada igual, nem repetido...
Pois é da
variedade que se nutre a obra divina
E os homens
não enxergam isto,
E os homens
teimam em não reconhecer que a imortalidade
Só a um
pertence – DEUS!
*
O mundo
proclama Vossa Excelência,
Pois, em
cada ser criado está a marca do divino
poder.
Ó Senhor,
abrandai dos homens o coração
E fazei da
nossa vida um marco da Vossa inimitável grandeza...
Maria
Hermínia Caldas – professora, poeta, cronista e memorialista - Acadêmica, Cadeira 03, Patrona Leonor
Telles de Menezes.