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sábado, 25 de novembro de 2023

Reunião mensal

 

21.11.23 - reuniao mensal - mês de novemro 



Nossa última reunião do ano realizada na terça-feira passada, teve como anfitriã a confreira Ailezz Silva.  Abrimos, solicitando uma oração pelos entes queridos que faleceram recentemente: Jorge, o filho de Ailezz, Paulinho, irmão da confreira Yvone Mendonça de Sousa e Maria Hermínia nossa confreira e uma das fundadoras da Academia Literária de Vida. A acadêmica Jane do Nascimento orou pedindo a Deus por suas almas e conforto aos familiares e amigos. 

Após discutidos os assuntos em pauta e tudo esclarecido, Ailezz leu de sua autoria a poesia - Querendo tudo. Izabel Melo cantou - Serenata do Adeus a pedido de Ailezz revelando assim seu dom, além dos fados. Ilda Costa leu de sua autoria a poesia, Confissão, numa demonstração do seu estilo peculiar, o que proporciona sempre muito risos, mas ao bom entendedor, ela presta uma homenagem principalmente a amiga Ailezz.

E Eunice Guimarães declamou de sua autoria - O acordar da cidade, e outra poesia dedicada ao netinho, recém nascido Bento - Bem maior. Izabel Melo leu de sua autoria a crônica Uma cerca, que na verdade é um jardim.  Jane Nascimento descreveu o perfil, de cada uma ali presente, baseado nas suas observações, o que foi muito interessante e divertido. Ao final da reunião foram servidos os salgadinhos e docinhos oferecidos pela anfitriã, que além disso presenteou uma rosa e um mimo numa caixinha bem ornada! Foi uma tarde prazerosa, de alegria. Lá se vão 31 anos e logo, no próximo mês completaremos 32 anos. Foi um pulo... OBRIGADA MEU DEUS!

Shirley Rocha

  

Ailezz Silva

  

Querendo tudo

                         Ailezz

Como falar de uma mulher!

que abre a sua janela

e com humildade

passar por ela, calada

querendo tudo...

 

Olha o mundo

de forma diferente

Caminha na tranquilidade

cheia de confiança

para não tropeçar

na triste realidade

 

E num sentimento seu

procura olhos amigos

pedindo compreensão

 

Gente! Sinto-me gente

Mergulho em pensamentos

decentes e indecentes...

Lavando tristezas

 

Uma mulher como essa

se um dia mergulhar no escuro

escancara a sua janela da alma

e voa alada.

Ailezz

 

Ilda Costa

CONFISSÃO

                         Ilda Costa

São assim os dedos dela...

mais ágeis que os meus.

de repente saem os verso colorindo a folha

a folha branca do caderno...

Daí partem...

partem para o pincel

e derramam a tinta e dão vida,

vida ao quadro.

Eu vivo admirando os dedos, essas mãos...

Essa mente privilegiada por Deus

Sabias que meus dedos têm inveja,

de sua linda mão, mente e coração?

Te admiro muito minha amiga.

Sou um surfistinha... amo o mar.

Mas, muito mais amo todos vocês.

Poetas... E por aí eu vou...

Espalhando saudades

e transformando a frágil ideia

dos dedos em poesia. 

Ilda Costa









UMA CERCA

 

                                                                              Izabel Melo

Nas minhas caminhadas matinais, ao percorrer algumas ruas próximas, sempre me detenho em uma delas, mais precisamente em uma casa, ou melhor, em sua cerca. Quem a concebeu não se preocupou em apenas delimitar a área da residência, mas transformá-la em uma exposição a céu aberto. Generoso, presenteia a todos que por ela passa com um festival de cores onde emana doce e suave perfume.  É uma verdadeira muralha verde coberta das mais coloridas e perfumadas flores em que se evidenciam tumbérgias, alamandas, jasmins e mimos do céu que descem até o chão se espalhando sobre a calçada formando um tapete multicolorido.

Há alguns dias descobri o morador responsável por tão belo espetáculo, é um renomado poeta que além de fazer poesias, possui mãos de jardineiro cuidando dessa formidável exuberância.   Minha curiosidade é despertada em saber o que tem além dela, mas, para conhecer era preciso ser convidada a entrar, e isso, com certeza, é impossível.

Sendo assim, dou asas à imaginação e idealizo que, por trás da cerca existe um belo jardim onde se tem plantado girassóis, rosas e margaridas, e nas manhãs ensolaradas, os raios de sol incidem nele provocando vários matizes onde é possível contemplar as borboletas esvoaçando entre as flores, tendo no centro um pequeno chafariz atraindo pássaros que cantam e se banham em suas águas.  Ao lado, um grande caramanchão coberto de Bougainvillea e embaixo dele, um confortável banco de madeira para sentar e recitar seus poemas. E quando ao cair da tarde e a lua for chegando de mansinho recobrindo o ambiente com sua luz prateada, a alma do poeta jardineiro desperta revelando nele recônditos desejos e, como um alquimista, transformará rosas e jasmins em doces versos de amor.

Gostaria de agradecer ao bondoso poeta pela sua cerca que me acerca de tanta inspiração, mas, confesso que até hoje não me cerquei de coragem para ir até ele, portanto, continuarei todas as manhãs, percorrendo os caminhos me cercando de encantadoras e sugestivas paisagens.