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O contador de histórias
bonito, com um vozeirão
narrava seus lindos contos
para a grande multidão
Histórias que emocionavam
homens, mulheres e crianças
estimulando a imaginação
revivendo boas lembranças
Todos prestavam atenção
aos contos que ele narrava
apenas uma pessoa
sentiu que não
escutava
Era uma bela menina
triste, sentada a um canto
parecia que as histórias
pra ela, não tinham encanto
O contador de histórias
dela se aproximou
e com um sorriso no rosto
o seu nome perguntou
Ela falou bem baixinho
para ninguém escutar.
Ele, com muito cuidado
pediu pra ela esperar
Foi até o seu baú
dentro dele procurou
entre roupas e chapéus
uma boneca encontrou
Retornou às narrativas
e agora, por companhia
tinha uma linda boneca
Para a formosa boneca
deu o nome da menina
e no rostinho, antes triste
doravante se ilumina
Assim, o contador de histórias
para todo lugar que caminha
segue sempre ao seu lado
sua boneca “Flavinha".
Ao confrade e querido contador de histórias Luciano, uma
singela homenagem de todo coração.
Izabel Melo - acadêmica cadeira n. 15 - Patrona Rosa
Faria e Membro da Academia de Contadores de História.