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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

CENTENÁRIO DE Mª. LÍGIA M. PINA

 


Ao centro, o presidente da ASL - Dr. J. Anderson Nascimento, a esquerda, a acadêmica Marlene Alves Calumby e Elenice Reis, presidente da  Academia  Literária de Vida de Propriá. Direita, a acadêmica e secretária Jane Guimarães e Yvone Mendonça de Sousa, membro da Academia Literária de Vida 


A Academia Sergipana de Letras preparou para comemorar o CENTENÁRIO DE MARIA LÍGIA, quatro dias do mês de setembro, promovendo palestras em referência a imortal e ex- membro da casa, cadeira n. 27.

Dia 1º de setembro de 2025
                               Abertura Presidente: José Anderson Nascimento
Debatedor: Paulo Amado
Tema: Ativismo Cultural
                         Sindicalismo: Yvone Mendonça de Souza
               Patrona de Academia: Elenice Reis



A professora, escritora e ex-presidente do Sinpro, Yvone Mendonça de Sousa falou sobre "A Trajetória da professora Maria Lígia Madureira Pina como Sindicalista"





Presidente do SINPRO/SE - 1965 a 1967 e 1967 a 1971

A TRAJETÓRIA DA PROFESSORA

MARIA LÍGIA MADUREIRA PINA

COMO SINDICALISTA*

 A trajetória da Professora Maria Lígia Madureira Pina como intelectual, escritora e sindicalista é, na minha concepção, uma das mais belas, ricas e inspiradoras. Comemorar e celebrar seu Centenário de Nascimento é realmente uma efeméride e um gesto de justiça por sua efetiva e inumerável contribuição aos Órgãos Culturais e especialmente à Classe do Magistério os quais ela participou, sempre comprometida, com espírito de renúncia, inteligência, filosofia de relacionamento e pioneirismo. Foi o Sindicato dos Professores de Sergipe um dos primeiros fundados em Sergipe. Vários outros surgiram depois entre os quais APL-SE (Associação dos Professores Licenciados de Sergipe), APME-SE (Associação dos Profissionais do Magistério de Sergipe), e posteriormente o SINTESE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe).

Começo afirmando que sua intrepidez e destemor, remonta, por incrível que pareça, de sua adolescência quando teve que enfrentar sua Professora de Português no antigo Curso Ginasial do Colégio Nossa Senhora de Lourdes dirigido pelas irmãs Sacramentinas. Ao abrir os olhos da alma e do seu coração de menina, ao escrever seus primeiros e lindos poemas mostrou seu forte pendor para as letras ao se manifestar “a partir dos onze anos quando escreveu suas primeiras produções literárias as quais foram reconhecidas por sua Professora de Português. No entanto, ela as achou muito bonitas para serem de sua autoria”. (Prof.ª. Hermínia Caldas em sua Agenda Cultural). Foi assim que nasceu uma grande escritora. E é assim que se destrói uma vocação para quem se desperta para trabalhar a palavra. A menina Lígia não se abateu com a descrença de sua Professora ao duvidar da sua criatividade. Confiante, seguiu em frente. Sim, porque foi sempre decidida e pertinaz além de autoconfiante. Assim se conduziu em todos os momentos de sua vida, vencendo todos os percalços do caminho.

Resolvi narrar este fato da adolescência da nossa ilustre homenageada simplesmente como um preâmbulo para posterior compreensão de sua jornada como sindicalista e defensora dos Colegas do Magistério.

Era por natureza uma criatura tratável. Por trás daquele semblante suave, sereno, daquele porte elegante e altaneiro da Professora Lígia existia uma cabeça eivada de sonhos de uma visionária com um alto e excelente poder de resolução em toda sua carreira e máxime da carreira sindical.

Portanto, posso assegurar, tudo que irei apresentar neste momento como testemunha ocular e de grande parte da contemporaneidade sobre a fulgurante carreira sindical da Professora Lígia Pina afirmando como se expressou o imortal poeta Gonçalves Dias no seu poema “Juca Pirama”. No poema, um velho Timbira, narrando a história de um velho guerreiro, utiliza a expressão: “Meninos eu vi”, portanto eu faço minha esta expressão do grande vate maranhense – “Meninos eu vi”. Realmente eu tive o privilégio de acompanhar, admirar e, sobretudo aprender com Lígia Pina em sua carreira Sindical que não se pode tergiversar diante das injustiças.

 Peço vênia e máxima data vênia para apresentar uma retrospectiva histórica do papel da Professora Lígia Pina como sindicalista e das lições que ela legou para a posteridade. O período compreendido entre 1956 a 1960 pode ser considerado pelas historiadoras Elsa Nadoi e Joana Neves como aquele em que a agitação política ocorreu de acordo com os moldes democráticos. Instala-se novo período eleitoral de agosto de 1954 a janeiro de 1956, uma fase praticamente tomada pela questão eleitoral. A chapa da coligação PSD-PTB consegue eleger seus primeiros candidatos: o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira para Presidente e o gaúcho João Goulart para Vice-Presidente. Esta coligação derrotou os candidatos Juarez Távora da UDN, Ademar de Barros do PSP e o Nado fascista Plínio Salgado.

 É exatamente neste momento histórico do país que acabava de viver o resultado cabal da democracia, com eleições livres que um grupo de Professores e trabalhadores da Educação do Município de Aracaju e do Estado de Sergipe, no Dia do Professor do ano de 1957 se reuniu e firmou a Ata de Fundação da Associação Profissional dos Professores de Sergipe para constituir uma Diretoria Provisória sendo escolhidos os nomes dos Professores Durval Lima Santos, Severino Uchoa, José Silvério, João Costa, Leão Magno Brasil. Para o Conselho Fiscal – José Carlos de Souza, José Fonseca Gesteira e José de Andrade.

Essa reunião foi realizada na Sede da Ação Católica Diocesana de Sergipe, Rua Propriá, nº 222, presidida pela comissão organizadora composta pelos Professores Severino Uchoa, Presidente, Walfrido M. de Andrade e Rosália Bispo, Vice-Presidentes.

 Ao instalar-se o processo de filiação do novel Sindicato, destacamos através do Primeiro Livro de Registro, os cinco primeiros filiados entre os quais a professora Lígia Pina:

1-     Professor José Carlos de Souza

2-     Professor Thieres Gonçalves de Santana

3-     Professor José Silvério Leite Fontes

4-     Professora Maria Lígia Madureira Pina

5-     Professor Gileno Francisco de Jesus

Outros mestres se uniram a esta relação, imbuídos de sonhos, espírito de luta e esperança por uma classe que acreditava ser a Educação o caminho, a solução e a libertação para os problemas de Sergipe e do Brasil.

     Como todos tomam ciência, Lígia Pina esteve presente na vanguarda da criação do Sindicato, uma verdadeira efeméride registrada nos anais da história do sindicalismo em Sergipe. Prova do seu idealismo coragem e intrepidez. Uma cidadã que jamais fugiu à luta inserindo-se na mensagem mais uma vez do imortal Gonçalves Dias que afirma que:

“A vida é uma luta renhida

Que os fracos abate

Aos fortes exalta

Viver é lutar”.

     A Professora Lígia Pina com o grupo que fundou o Sindicato dos Professores acabou com o preconceito que havia na APL-SE (Associação dos Professores Licenciados de Sergipe) ao acolher no Sindicato Mestres de notório saber nas disciplinas e destacada vocação pedagógica como Ofenísia Freire, Maria Augusta Lobão, Maria da Glória Portugal entre outros. 

         Por sua comprovada competência e visão social da classe foi Delegada da FITEE (Federação Nacional) por vários mandatos ao lado dos Professores José Silvério Leite Fontes e José Carlos de Sousa.

    Na condição de Vice-Presidente do Sindicato assumiu a Presidência quando o Professor Leão Magno Brasil se afastou para fazer um curso em Pernambuco. E, ao irromper a Revolução de 1964 assumiu a Presidência num momento profundamente conturbado da nossa história. Não foi fácil para a professora Lígia Pina dirigir o Sindicato num período de tanta repressão e marcado pela guerrilha urbana e rural sempre sufocada pelo Exército. Esse era o retrato do país. As inteligências castradas, intelectuais exilados. O povo abafado. As Universidades vigiadas. O brasileiro privado da sua maior riqueza: A Liberdade.

Com os Sindicatos praticamente fechados, Lígia Pina realizou uma das mais importantes Negociações Salariais no 28º Batalhão de Caçadores e, presidindo a Comissão, com sua sábia argumentação conseguiu um excelente percentual para o salário dos professores. Situação sui generis num momento tão difícil.

Lígia Pina está registrada nos anais da história do Sindicalismo Sergipano com uma relevante página de serviços resultado do farol da sua inteligência, pertinácia, altero centrismo e de sua capacidade de sonhar. Não existe o impossível quando o sonho comanda a vida. É só acreditar e lutar. Quem luta com ardor e amor sempre vence. Aplicou toda sua inteligência a serviço da sua terra e das gerações que educou.

Ela merece ser lembrada naquele mandamento cívico de Coelho Neto:

“Honra a terra em que nasceste e a qual reverterás na morte. O que fizeres por ela, por ti mesmo farás que és terra e a tua memória viverá na gratidão dos que te sucederem”.

 Aracaju/SE, 01 de setembro de 2025

*Prof.ª. Yvone Mendonça de Sousa - Membro da Academia Literária de Vida.

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A acadêmica Marlene Alves Calumby, radialista, professora, escritora, membro da ASL, cadeira n.35, falou sobre a personalidade de Maria Lígia, exaltando a docilidade e forma de tratar as pessoas, e sua presença como colega durante as reuniões no Conselho Estadual de Cultura  e na Academia Sergipana de Letras. A acadêmica substituiu o debatedor Paulo Amado, ausente por motivo de doença.




Elenice Reis, fundadora e presidente da Academia Literária de Vida de Propriá falou como surgiu por parte dela o interesse pela Academia Literária de Vida, fundada pela professora Maria Lígia Madureira Pina, e o que a encantou a primeira vista foi a palavra VIDA. A ALVP foi criada em 2017 por dez mulheres, seguindo o conceito da titular  Também teceu considerações sobre a leitura do livro A MULHER NA HISTÓRIA, escrito por  Maria Lígia, que é a Patrona de Honra da ALVP.

                     Centenário Maria Lígia Madureira Pina 

                                                                 e Nascimento da ALVP.

Ilustre Presidente da Academia Sergipana de Letras, Dr. José Anderson Nascimento, Senhoras e Senhores Acadêmicos, visitantes, parentes e amigos da homenageada.

Boa tarde.

É com emoção e honra que participo desta mesa para celebrar os 100 anos de nascimento de Maria Lígia Madureira Pina, mulher que deixou marcas profundas na Literatura, na Cultura e na História de Sergipe.

Maria Lígia foi uma professora, escritora que compreendeu, antes do seu tempo, a importância da voz feminina. Seu livro A MULHER NA HISTÓRIA não foi apenas uma obra literária: foi um manifesto, uma afirmação da presença e da força das mulheres em todos os espaços da sociedade. Por meio da sua história ela resgatou memórias, valorizou trajetórias e mostrou que a literatura também é sentimento e caminho de transformação social.

 Sua presença na Academia Sergipana de Letras abriu caminhos, e sua postura sempre incentivou tanto as mulheres mais simples quanto aquelas que alcançaram altos cargos, mostrando que todas tinham um papel a cumprir na construção da sociedade.

Foi inspirada por esse exemplo que nasceu a Academia Literária de Vida de Propriá. Recordo que, quando comecei a me integrar no universo das Academias, ouvi falar da Academia Literária de Vida, fundada pela própria Maria Lígia Madureira Pina e amigas. O nome VIDA ficou ecoando em mim, junto com a lembrança do seu livro, A MULHER NA HISTÓRIA. Foi então que percebi que não podia haver símbolo maior para guiar a nossa caminhada literária em Propriá.

 Assim a Academia Literária de Vida de Propriá nasceu da força dessa palavra VIDAVida que pulsa nos livros, nas leituras, nas histórias que contamos e nas memórias que preservamos. Vida que inspira nossas acadêmicas, mulheres de diferentes segmentos, a levarem a literatura às praças, às escolas, ao rádio, ao coração das pessoas.

Hoje, ao celebrarmos o centenário de Maria Lígia Madureira Pina, celebramos também essa semente que ela deixou: a certeza de que a literatura é um sopro vital, capaz de atravessar gerações.

 Que sua memória permaneça como farol, lembrando-nos que escrever é também resistir, educar e eternizar.

Neste momento de celebração e memória quero expressar minha profunda gratidão a 3 pessoas fundamentais para a criação da Academia Literária de Vida de Propriá:

 SHIRLEY ROCHA, Presidente da Academia Literária de Vida e Presidente de Honra da Academia Literária de Vida de Propriá, cuja liderança e visão tornaram possível a realização desse sonho.

DOMINGOS PASCOAL DE MELO, o verdadeiro “Semeador de Academias” no interior sergipano, que sempre acreditou no poder da literatura e da união entre escritores.

EUNICE GUIMARÃES, membro da Academia Literária de Vida, que indicou com a sua sensibilidade, ela foi essencial. A todos vocês, meu reconhecimento e meu sincero obrigada. Por meio de vocês a literatura ganhou mais casas, e a memória da palavra floresceu no interior de Sergipe.

MARIA LÍGIA MADUREIRA PINA, nossa Patronesse, cuja vida e obra inspiram sonhos, que seu legado nos guie sempre, ao som do nosso Hino, criado pelas confreiras e músicos propriaenses, reafirmando a força da literatura, da cultura e da VIDA!!!

 01 de setembro 2025 - Josefa Francisca dos Reis (Elenice Reis) Presidente ALVP



Jane Alves Nascimento Moreira de Oliveira, professora, advogada, escritora, membro da Academia Sergipana de Letras, cadeira n. 11, relembrou sua juventude como vizinha da homenageada e depois colega da Academia Sergipana de Letras. Jane Nascimento também é membro da Academia Literária de Vida e ocupa a cadeira n. 01, da fundadora Maria Lígia.


Antônio Carlos Sobral de Sousa, médico e escritor,  membro da Academia Sergipana de Letras,  cadeira n. 18, lembrou de Lígia como colega acadêmica e também como colega de seu pai na labuta sindicalista e no Conselho de Educação. Seu pai - José Carlos de Sousa, professor e advogado foi um líder de classe,  um dos fundadores, número 01, no Livro de Registro. e também o primeiro presidente do SINPRO de 1960 a 1962 e depois em 1974 a 1977.


Dr. Anselmo Oliveira, professor, magistrado, membro da Academia Sergipana de Letras, cadeira n. 21, lembrou da figura nobre da colega que normalmente sentada ao lado dele durante as reuniões, nas segundas-feiras, que sempre tinha algo a apresentar, com voz tranquila e com um sorriso no rosto. 


                                                  

Antônio Francisco de Jesus - Saracura, analista de sistemas, escritor membro da ASL, cadeira 10,  enalteceu a simplicidade de Maria Lígia, da atenção que ela lhe dava. Leu parte do primeiro elogio por escrito, recebido sobre seu livro Tambores da Terra Vermelha - feito por Lígia Pina



Dra. Luzia Nascimento, professora, advogada, escritora, membro da Academia Sergipana de Letras, cadeira n. 5 ,declarou sua amizade e o respeito pela homenageada Maria Lígia. Na ocasião também prestou uma homenagem ao esposo Dr. Anderson Nascimento pelo aniversário de casamento deles dois. Conquistou aplausos da plateia.

                                                 

O advogado, escritor e filósofo Antônio Porfirio de Matos Neto, cadeira n. 24 da ASL elogiou a escrita e a poesia de Lígia Pina, pois nas suas poesias, percebeu que além da veia poética ela fazia análise econômica e social da época.

"Na augusta sessão da Academia Sergipana de Letras, utilizei a tribuna para expressar meu profundo apreço aos eminentes palestrantes que, com apurada maestria e eloquência singular, renderam homenagens memoráveis ao centenário de nascimento da imortal Maria Lígia Pina, cujo legado literário permanece como um farol luminoso na cultura sergipana. 

Foi um momento ímpar em que pude manifestar minha veneração pelos diletos confrades Domingos Pascoal, Cléa Brandão, Sandra Natividade e Jane Nascimento, cujas contribuições engrandeceram a celebração com seu brilho intelectual. A grandiosidade da ópera de Giuseppe Verdi, Rigoletto, com seu dramatismo avassalador e intensidade emocional pungente, inspirou-me a refletir, em minha oratória, sobre a transcendência da vida, destacando como as pequenas adversidades do cotidiano se diluem diante da profundidade trágica que Rigoletto nos apresenta.

O silêncio que envolveu os discursos foi tão profundo que pareceu suspender o tempo, criando um instante sublime de comunhão, onde a homenagem a imortal Maria Lígia Pina se mesclou à reflexão e ao compartilhamento intelectual entre os presentes. 

Dirijo também meus sinceros e efusivos parabéns ao presidente da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento, pela organização esmerada deste magnífico evento, que contribuiu sobremaneira para o sucesso e o esplendor da celebração, reafirmando o compromisso da Academia com a promoção da literatura e da cultura em Sergipe". 

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Jane Guimarães, Elenice Reis, Yvone Mendonça de Sousa, 
Dr. Anderson Nascimento, Adelina Amélia Britto e Marlene Calumby


Jane Nascimento, Luzia Nascimento e o esposo Anderson do Nascimento, professor, jurista e presidente da ASL



Eunice Guimarães, Izabel Melo, Sandra Natividade, membros da Academia Literária de Vida, seguidas de Alice Mendonça e Luíza Mendonça


Adelina Amélia, membro da Academia Literária de Vida de Propriá e Ailezz Rocha, da Academia Literária de Vida 


Elenice Reis, Adelina Britto,  foto de Maria Lígia quando presidente do Sinpro/ Jane Nascimento, Shirley Rocha e Antônia Maria Dórea - Presidente do Sinpro/SE  


                                      Eunice, Adelina, Shirley, Elenice e Ilda Rezende


Á frente, Mara - sempre atenta ao público e os ritos da Academia. 


Elenice, Adelina, Jane, Shirley, Maria Antônia e Inácia Dórea


Zaíra Mendonça - i
rmã da palestrante Yvone Mendonça. Tudo indica que ela gostou!


O PRÓXIMO SERÁ DIA  8 DE SETEMBRO, ÀS 15 HORAS , NA SEDE DA ACADEMIA, RUA DE PACATUBA N. 288 - CENTRO
 TEMA: A PROFESSORA LÍGIA
DEBATEDOR: DOMINGOS PASCOL
       JANE NASCIMENTO
CLÉA BRANDÃO
           SANDRA NATIVIDADE

Editado por Shirley Rocha, com fotos de Eunice Guimarães e Adelina Britto
          Reeditado dia 16.09.25