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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Festejando os vinte anos


Acadêmicas comemoram a união de 20 anos
7 de março de 2013 - comemoração dos vinte anos de fundação, que na verdade deveria ter sido comemorado em 20 de dezembro de 2012, já que “nascemos” em 20 de dezembro de 1992. Mas, por motivo de viagem de várias acadêmicas, combinamos comemorar nesta data. Além disso, seria véspera do Dia Internacional da Mulher, ou seja, eram duas datas a se comemorar.
A sede do SINPRO/SE ficou lotada de amigos que queriam prestigiar nossa Academia. A mesa foi composta por: Maria Lígia Madureira Pina - presidente da Academia, pelo Desembargador Dr. José Artemio Barreto, o Presidente da Academia Sergipana de Letras - Dr. Anderson Nascimento, a Presidente e a Secretária Geral do Sinpro/SE, respectivamente - Rainilda dos Santos e Yvone Mendonça de Souza.  O acompanhamento musical foi realizado pela tecladista Wilma Oliveira, locução de Shirley Reis e o fotógrafo oficial Edson Araujo.
 
Após a execução do Hino Nacional, Maria Lígia falou sobre a criação da Academia, apresentou as demais acadêmicas de forma objetiva e alegre, dizendo de sua satisfação em poder comemorar os 20 anos da Academia, com saúde e no meio dos amigos. 
                                
Em seguida, a acadêmica Cléa Brandão de Santana discorreu sobre como ela vê a criação da Academia, a figura da Professora Leyda Regis e a importância do elo criado por Maria Lígia fortalecendo a amizade entre todas acadêmicas. 

Um momento para o reconhecimento aos amigos: a Academia preparou uma homenagem com a entrega de placas que foram entregues por Dr. Anderson Nascimento e Dr. José Artêmio Barreto. Foram para a Coordenadora de Acervo Museológico do Museu Palácio Olimpio Campos, Izaura Ramos e a Coordenadora de Pesquisa e Educação, Eliana Borges.

                                         
Dr. Anderson Nascimento, presidente da Academia Sergipana de Letras falou sobre a importância das conquistas femininas nos últimos anos e do que ainda há para ser conquistado, mas naquele momento foi ele quem conquistou a simpatia da platéia, representada nos aplausos. 

E como não poderia deixar de ser, tivemos o recital com a voz primaveril da senhorita Dirce Nascimento que declamou poesias de Graziella Cabral - Inútil; de Hermínia Caldas – Mulher; e de Maria Lígia Madureira Pina - O Vendedor de quebra-queixo. Finalizando, ela dedicou às acadêmicas a poesia Amor, de Fausto Cardoso. 
                                                       
Ao final, com a distribuição da revista dedicada aos 20 anos, impressa pela Infographics - Gráfica & Editora, seguiu-se o coquetel e o Parabéns pra Você!

Olga e Hilda Andrade da Sofise e profa. Jandira Alves
Maria Lígia  e o bolo comemorativo


Como um elo 

Cléa Brandão de Santana

Senhoras e senhores, meus amigos,

As correntes para serem assim denominadas, necessitam de elos que se entrelacem. Assim, também para as pessoas esses elos são imprescindíveis para formarem correntes de amizades, respeito mútuo e apreciação. O companheirismo exige trocas naquilo em que as pessoas são empáticas.
Remontemos um pouco da história: Eu, Cléa Brandão havia sido aluna das professoras Maria Conceição Ouro Reis e Maria Lígia Madureira Pina, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, das freiras Sacramentinas em 1962, e nos reencontramos como colegas para ensinar no Colégio de Aplicação, nove anos após, em 1971. Daí em diante foi encetada uma boa amizade que perdura até os nossos dias, e é claro, enquanto dias tivermos.
Logo, chegou junho de 1991. Aposentaram-se como professoras do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe: Maria Lígia Madureira Pina, Cléa Brandão de Santana, Maria da Conceição Ouro Reis, entre outros.
Então aposentadas, a professora Lígia indagava: como ficaremos? Separadas? Que tal formarmos um grupo, visto que tínhamos interesses e gostos comuns no que tange à cultura?
Em suas lucubrações, germinou de sua vivaz inteligência, a idéia de convidar outras colegas, também aposentadas, para um grupo de estudos, discussões de temas culturais e momentos de companheirismo social. E assim foi. Em 20 de dezembro de 1992 foi inaugurada, festivamente, a Associação, que teve como identidade, Hora Literária. Posteriormente, por inspiração da professora Maria da Conceição passou a denominar-se Academia Literária de Vida, que possui hoje patente jurídica. Desse grupo inicial apenas a Professora Leyda Regis faz-se ausente, por falecimento. Ressalte-se, todavia, que tivemos por um bom tempo da sua vetusta sabedoria. Fomos fascinadas por sua experiência notória e sapiente, que nos embebedava nos momentos especiais de nossas reuniões.
Evocamos, tardes domingueiras e poéticas, em sua residência, na Rua Maruim, na “Praça Leyda Regis” que num momento feliz, pudemos vê-la descerrar a placa inaugurando-a. Registre-se aqui, o papel de sua sobrinha-filha, Professora Vanda Regis Lima que não tinha mãos a medir para proporcionar-nos momentos deliciosos.
Após essa digressão, queremos apresentar as componentes do coeso e fiel grupo de hoje: Professora Lígia Pina, a nossa presidente eterna e as professoras Maria da Conceição Ouro Reis, Cléa Maria Brandão de Santana (eu) Maria Hermínia Caldas, Yvone Mendonça de Souza, Adelci Figueiredo Santos, Josefina Cardoso Braz, Ângela Margarida Torres de Araujo, Marlaine Lopes de Almeida e Shirley Maria Santana Rocha, sendo esta última, jornalista credenciada e a artista do grupo. Ainda, a Psicóloga Maria Mônica Ouro Reis Veras, como sócia honorária, pois reside na cidade de Salvador/Bahia.
São senhoras e senhores, 20 anos de convivência, onde os elos já firmados estão cada vez mais evidentes.
O grande mérito da Professora Lígia é justamente o de não nos ter deixado apenas seguir nossas vidas, o que no máximo teríamos encontros casuais, quando então nos cumprimentaríamos com laivos de saudades.
Gostaria de fechar essas palavras com algo que li a respeito do recém-falecido historiador Eric Hobsbann, aos 95 anos produtivos e em plena lucidez, quando inquirido sobre o que dizer nesse seu último aniversário respondeu: “Cada vez mais velho e cada dia aprendendo alguma coisa”. Fazemos nossas essas palavras, e a prova disso é essa revista n º 2, que sai a lume. Aí estão nossos pensamentos, nossas produções literárias, nossa filosofia de vida. Afinal, tudo isso que aí está proposto, reflete o que pretendemos ser: uma Academia de Vida que conhece e é conhecida no meio intelectual sergipano.
Obrigada.
7 de março de 2013 – Na noite de Comemoração dos 20 anos da Academia Literária de Vida e o Dia Internacional da Mulher.