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Maria Lígia Madureira Pina |
Lígia,
Queria aquele dom que você possuía de colocar no papel palavras que traduziam muito do afeto existente no seu coração. Sinto sua falta nas tarefas que fazíamos juntas, da sua repreensão pela minha ansiedade nos conflitos que surgiam. Relembro a última vez que nos vimos. Aquele seu último abraço, pedindo que eu não chorasse... Parece-me hoje, que algum anjo tentava me avisar. Agora, ainda meus olhos se enchem de lágrimas. E revejo seu sorriso sempre que entrava na minha casa ou quando me recebia na sua. Minha saudade não passa por mais que se diga que o tempo tudo leva. Ainda não levou a minha.
Aju, 14.08.2020.
Shirley Rocha